De acordo com especialista, cidade acompanha tendência de aquecimento global dos últimos 15 anos
Presidente Prudente pode ficar ainda mais quente. E um dos motivos é a urbanização da cidade, de acordo com o climatologista Vagner Camarini, responsável pela estação de meteorologia da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
A redução de áreas verdes dentro da cidade, ainda segundo o especialista, impede escape térmico, fazendo com que formem-se ilhas de calor nos locais de aglomeração das construções.
“Nossa região é próxima do Trópico de Capricórnio, onde, no verão, o sol está quase a pino. Portanto, a quantidade de luz solar é grande, o que traz muito acúmulo de energia ao ambiente”, declara Camarini.
Desta forma, o maior município do Oeste Paulista acompanha a tendência de aquecimento global desde os últimos 15 anos. Entretanto, o climatologista alerta que não é possível afirmar que houve alterações bruscas, pois a constatação de mudança climatológica se dá pela comparação de uma média de temperaturas de 30 anos com as marcações referentes a outro período de também três décadas.
“Tal verificação só poderá ser feita daqui a oito anos, quando o Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet] finalizará 60 anos de estudos da ‘normal climatológica’”, completa.
Apesar do calor dos últimos dias, nenhuma temperatura atual quebrou os recordes na cidade. A temperatura máxima oficialmente registrada em Prudente, de acordo com a Estação Meteorológica da Universidade, é de 39,3º C, em novembro de 1985. Em contrapartida, a mínima é de -1,8º C, durante julho de 1975.
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