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Redação jornalismopp@band.com.br
A megaoperação que no Estado de São Paulo foi batizada de “Fratelli”, que significa “irmãos” em italiano, em alusão a parceria do Ministério Público Federal, Polícia Federal e Ministério Público Estadual, cumpriu 13 mandados de prisão e 160 de busca e apreensão. Participaram das buscas 70 promotores de justiça, 250 policiais federais, mais de 100 servidores do Ministério Público e cerca de 250 policiais militares.
As investigações se concentraram em um grupo de empresas do ramo de pavimentação asfáltica, com sede em Votuporanga. A suspeita é de que esse grupo formado por 40 empresas, algumas de fachada, estaria manipulando licitações públicas em municípios do interior de São Paulo. Simulando competição entre si com o objetivo de superfaturar as obras.
Ainda segundo a investigação, o grupo abriu cinco novas empresas apenas nos últimos meses. Os investigados chegaram a enriquecer 600% em menos de cinco anos. Os contratos suspeitos foram firmados com cerca de 80 prefeituras da região e superam R$ 1 bilhão.
Há fortes indícios de que servidores e agentes públicos facilitaram a atuação da organização criminosa para desviar recursos municipais, estaduais e federais. No noroeste do estado, treze pessoas tiveram a prisão temporária decretada por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dependendo do desdobramento da investigação. Os envolvidos, que não tiveram os nomes divulgados, responderão na medida de suas participações pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Na região de Araçatuba, a operação aconteceu em pelo menos 10 cidades. Auriflama, Bento de Abreu, Brejo Alegre, Birigui, Buritama, Glicério, Ilha Solteira, Sud Menucci e Lourdes.
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