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Citricultores das regiões de Ibitinga, Tabatinga, Itápolis, Taquaritinga e Matão se reuniram na manhã da quinta-feira (26), próximo ao Km 327 da Rodovia Washington Luiz. A ideia era paralisar a rodovia com o objetivo de chamar a atenção do governo para a atual crise enfrentada pelos produtores independentes de laranja do Estado de São Paulo.
Uma liminar da justiça impediu que o manifesto fosse feito na rodovia, por isso os representantes do setor seguiram em carreata até a cidade de Taquaritinga. O manifesto chamado de "Grito da Citricultura" foi pacífico. No meio do caminho os produtores distribuíram sacos de laranja para a população que, mesmo sem entender muito bem o que se passava, agradeceu o brinde.
Na praça central da cidade, os citricultores jogaram laranjas e o suco da fruta no chão como forma de protesto pela negativa das indústrias em processar a safra 2012/2013. De acordo com o Presidente da Câmara Setorial de citricultura, a estimativa é de que mais de 10 milhões de caixas já tenham estragado nos pomares. Um prejuízo calculado em mais de R$ 1,2 bilhão até o fim da safra. Cerca de 83 milhões de caixas não serão processadas pela indústria.
Enquanto o empasse entre produtores, indústria e governo não se resolve. As frutas estão apodrecendo nos pomares. Em uma propriedade com 50 mil plantas, o citricultor calcula prejuízo de R$ 700 mil reais. Com a atual crise, fica mais barato deixar as laranjas nos pés do que fazer a colheita. Há mais de 30 anos cuidando do negócio que ultrapassa gerações, o produtor diz que essa é a primeira vez que uma crise o faz pensar em mudar de cultura.
De acordo com os citricultores, existem alternativas para fugir da crise, e elas dependem da intervenção do governo. Sobre as críticas, o Governo do Estado, através de nota informou que não é razoável pedir que o governo compre a produção excedente, estimada em 80 milhões de caixas de laranja. Pois o consumo do país é de 35 milhões de caixas. O que cabe ao Governo Estadual, e que tem sido realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, é promover reuniões constantes com os representantes da Cadeia da Citricultura, tanto produtores quanto indústrias, para estudar em conjunto estratégias que possam minimizar os impactos da crise econômica internacional no setor.
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